Vamos
refletir um pouco - Avaliação
O que significa em termos de
avaliação um aluno ter obtido nota 6,0 ou média 6,0? E o aluno que tirou 5,0? O
primeiro, na maioria das escolas está aprovado, enquanto o segundo, reprovado.
O que o primeiro sabe é considerado suficiente. Suficiente para que? E o que
ele não sabe? O que ele deixou de “saber” não pode ser mais importante do que o
que ele “sabe”? E o que o aluno que tirou 5,0 “sabe” não pode ser mais importante
do que aquilo que não “sabe”?
Segundo
Perrenoud (2000), normalmente, define-se o fracasso escolar
como a consequência de dificuldades de aprendizagem e como a expressão de uma
“falta objetiva” de conhecimentos e de competências. Esta visão que “naturaliza”
o fracasso impede a compreensão de que ele resulta de formas e de normas de
excelência que foram instituídas pela escola, cuja execução revela algumas
arbitrariedades, entre as quais a definição do nível de exigência do qual
depende o limiar que separa aqueles que têm êxito daqueles que não o têm. As
formas de excelência que a escola valoriza se tornam critérios e categorias que
incidem sobre a aprovação ou reprovação do aluno.
Para
Hadji (2001), a passagem de uma avaliação normativa para a
formativa, implica necessariamente uma modificação das práticas do professor em
compreender que o aluno é, não só o ponto de partida, mas também o de chegada.
Seu progresso só pode ser percebido quando comparado com ele mesmo: Como
estava? Como está? As ações desenvolvidas entre as duas questões compõem a
avaliação formativa.
O
valor da avaliação encontra-se no fato do aluno poder tomar conhecimento de
seus avanços e dificuldades. Cabe ao professor desafia-lo a superar as
dificuldades e continuar progredindo na construção dos conhecimentos. (Luckesi, 1999). No entender de
Luckesi (1999, p.43) “para não ser autoritária e conservadora, a avaliação tem
a tarefa de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o instrumento dialético do
avanço, terá de ser o instrumento da identificação de novos rumos”.
“O
importante não ‘é fazer como se’ cada um houvesse aprendido, mas permitir a
cada um aprender”[2]. (Perrenoud, p. 165, 1999).
“Avaliar
deve servir para cada vez mais permitir a cada um aprender!”.
BOAS
FÉRIAS E ATÉ 2013.
Pedagogo
Antonio Mendes